Badi Assad, nome artístico de Mariângela Assad Simão, (São João da Boa Vista, 23 de dezembro de 1966) é uma violonista, cantora, percussionista e compositora brasileira. Nasceu em 1966, na cidade de São João da Boa Vista (SP), mudando em seguida para o Rio de Janeiro, onde ficou até os 12 anos. Seu pai Jorge, descendente de libaneses, decidiu mudar-se com a família para o Rio em 1969, para proporcionar aos irmãos de Badi, Sérgio e Odair Assad, aulas de violão clássico com a professora argentina Monina Távora, pupila de Andrés Segovia. Em meados dos anos 80, já como Duo Assad, seus irmãos ganharam reconhecimento e projeção internacional. Badi seguindo os passos dos irmãos, iniciou seus estudos de violão aos 14 anos, após uma iniciação musical no piano.
Já aos 15 anos, dividiu o primeiro lugar como melhor violonista, ao lado de Fábio Zanon, no “Concurso Jovens Instrumentistas’, Rio de Janeiro. Quando completou 19 anos, ganhou o prêmio de melhor violonista Brasileira no ‘Concurso Internacional Villa-Lobos’ no Rio de Janeiro. Badi foi escolhida no ano seguinte como a única violonista para representar o Brasil no ‘Concurso Internacional de Viña Del Mar’, no Chile.
Badi Assad estudou música na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Em 1989, gravou seu primeiro álbum, Dança dos Tons, lançado somente no Brasil na época, posteriormente reeditado em CD em 2003, lançado internacionalmente com quatro faixas bônus, rebatizado de Dança das Ondas. Em seguida, Badi iniciou experimentações vocais, produzindo sons de percussão com a boca, que aliados a sua performance ao violão, caracterizam suas gravações posteriores.
Em 1993, assinou contrato com o selo Chesky Records, conhecida por suas gravações de alta qualidade técnica dirigida ao público audiófilo. Seus três álbuns para esta gravadora, Solo lançado em 1994, Rhythms em 1995 e Echoes of Brazil em 1997 sedimentam sua reputação internacional entre o público de jazz e da música instrumental. Em 1994, a revista Norte-Americana Guitar Player, a escolheu entre os 100 melhores artistas do mundo e em 1996 a revista Norte-America Classical Guitar considerou-a, junto com artistas como Charlie Hunter, Ben Harper e Tom Morello (do grupo Rage Against The Machine), um dos 10 jovens talentos que mais revolucionariam o uso das guitarras nos anos 90. A revista americana Guitar Player a escolheu com o prêmio de melhor violonista daquele ano, assim como Rhythms o melhor CD, na categoria de violão acústico.
O álbum seguinte, Chameleon, gravado em 1998, Badi Assad documenta a sua colaboração com Jeff Scott Young, ex-integrante da banda Megadeth. Três anos de mudanças radicais se seguiram após o lançamento de Chameleon. Dentre elas a descoberta de uma incapacidade motora que a impossibilitou de tocar violão por quase 2 anos. Depois de conseguir se recuperar completamente, ela retorna ao Brasil em 2001 após quatro anos de Estados Unidos.
Em 2003 ela gravou, novamente para o selo Chesky Records, o álbum Three Guitars, ao lado dos guitarristas Americanos, Larry Coryell e John Abercrombie.
O repertório de Verde, lançado em 2004 selo alemão DG (Universal Music), é formado por uma mistura de novas interpretações altamente pessoais de clássicos brasileiros e americanos, além de novas composições, duas das quais compostas em parceria com Jeff Young. Em Verde, as composições de Badi aparecem ao lado das popularíssimas "Asa Branca", de Luiz Gonzaga, e "Bom Dia, Tristeza", de Adoniran Barbosa e Vinícius de Morais,além de novas leituras de Björk e U2.
Badi Assad lançou seu CD Wonderland em 2006, composto de releituras de Eurhythmics, Vangelis, Tori Amos, Cartola e Lenine entre outros. Wonderland entrou para a lista dos melhores 100 CDs do ano pela BBC de Londres, assim como entre os 30 melhores do site de maior visitação da internet, Amazon.com. Em 2010, lançou seu primeiro DVD “Badi Assad”, comemorando vinte anos de carreira, produzido por ela e distribuído pelo selo Brasileiro Biscoito Fino. A direção do DVD é assinada pelo estreante Rodrigo Assad, filho de seu irmão Sérgio. Badi Assad também estreiou como atriz, protagonizando “Agrégora” na ópera contemporânea “Opera das Pedras”, escrita pela artista plástica Denise Milan e co-dirigida pelo diretor americano Lee Breuer (Mabou Mines).
Como comemoração dos vinte anos de carreira, Badi lançou seu primeiro DVD. Todos os registros anteriores são caseiros, com exceção da participação no DVD do Toquinho, da apresentação em Paris com os “3 Guitars” e do “Família Assad: um songbook brasileiro”. O projeto solo foi elaborado com uma coletânea de quinze músicas que marcaram a trajetória de Badi até aquele momento.