"Faz tanto tempo, tempo é rua Soledade
Leia saudade quando escrevo solidão
Quis o destino tortuoso dos ciganos
E as aventuras dos pneus de um caminhão
Que atravessava o riacho de salobro
Deixando marcas desenhadas pelo chão
O vento vinha e varria a minha volta
A ventania e o tempo não têm compaixão
Oh mana deixa eu ir
Oh mana eu vou só
Oh mana deixa eu ir
Pro sertão de Caicó
Faz tanto tempo, tempo é porto da saudade
Praias do Rio de Janeiro no verão
Quero o destino das águas dos oceanos
Me evaporando preu chover no riachão
Mergulharia no riacho de salobro
Lavando a culpa como se eu fosse cristão
O vento vinha e varria à minha volta
A ventania e o tempo não têm compaixão."