Aguarde por gentileza.
Isso pode levar alguns minutos...

 

Elogie o esforço da criança, não a "inteligência"

Enviado por Gilberto Godoy
elogie-o-esforco-da-crianca--nao-a--inteligencia-

      Parabéns a todas as crianças do planeta. Elas são nossa grande esperança! Aproveitando o dia, aqui vai um bom texto e boas dicas aos pais e educadores. Interessante!

     Carol Dweck, psicóloga de Stanford, dedicou anos a demonstrar que um dos elementos fundamentais da educação satisfatória é a capacidade de aprender com os erros. No entanto, costumamos a ensinar bem o contrário. Se uma criança cometer erros, é porque não é muito esperta. O esperto não comete erros, e ademais lhe elogiamos precisamente por isso, por ser esperto. Poucas pessoas elogiam aos demais por seu esforço e não por sua capacidade inata.

     Dweck realizou um experimento com mais de 400 crianças  de doze escolas de Nova Iorque: submeteu-os a um teste muito fácil  consistente em um puzzle não verbal. Uma vez terminado, o experimentador dizia a nota à criança, seguida de uma frase de elogio. A metade das crianças eram elogiadas por sua inteligência; a outra metade, por seu esforço.

     A seguir, permitiam que escolhessem entre duas provas diferentes. A primeira opção era descrita como uma série de puzzles mais difíceis, mas diziam aos pequenos que se tentassem, aprenderiam muito. A outra opção era um teste fácil, parecido ao que já tinham feito.

     Ao criar o experimento, Dweck tinha imaginado que as diferentes formas de elogio teriam um efeito bem moderado. Afinal de contas, era só uma frase. No entanto, logo ficou claro que o tipo de elogio que se fazia aos alunos influía espetacularmente em sua posterior escolha das provas. Do grupo de crianças felicitadas por seu esforço, 99% escolheu o conjunto de puzzles difíceis. Por sua vez, a maioria dos garotos elogiados por sua inteligência decidiram-se pelo teste mais fácil.
 
     Quando elogiamos a inteligência de um criança, em realidade estamos transmitindo a mensagem: você está pronto, não vá se arriscar a cometer erros.

     Os seguintes experimentos de Dweck também sugerem que este medo ao fracasso também inibe a aprendizagem. O mesmo grupo de crianças foi submetido a outro teste, desta vez muito difícil, para comprovar como respondiam ao desafio. Os que foram elogiados por seu esforço na primeira prova, trabalharam com denodo para resolver o problema, se implicando com grande entusiasmo. No entanto, aqueles que foram louvados por sua inteligência desanimaram logo em seguida, porque consideravam seus inevitáveis erros como sinais de fracasso: talvez, no fundo, pensavam, que não eram tão espertos.
 
     A série final de testes apresentava o mesmo nível de dificuldade que a primeira. Em todo caso, os alunos elogiados por seu esforço mostraram uma melhora significativa: aumentaram sua pontuação média em 30%. Como essas crianças estavam dispostos a aceitar desafios, ainda que a princípio isso significasse falhar, acabaram rendendo em um nível muito superior. Este resultado foi ainda mais digno de admiração ao fazer a comparação com os alunos que tinham sido atribuídos a esmo ao grupo dos "espertos": suas pontuações baixaram uma média de quase 20 %. Para os garotos "preparados", a experiência do fracasso foi tão desalentadora que em realidade experimentaram um retrocesso.

     Via http://www.jonahlehrer.com/

Comentários

Comente aqui este post!
Clique aqui!

 

Também recomendo

  •   Depressão é a denominação atribuída a um transtorno de humor que se caracteriza por um conjunto de somatizações e alterações de comportamentos, sentimentos, percepção, emoções entre outros e que podem comprometer a adaptação da pessoa à vida pessoal e social. Pode comprometer além da saúde, trabalho, família, estudos e relacionamentos.  (continua)

    Assista o VÍDEO sobre DEPRESSÃO  AQUI.


  •    Que tipo de ciência é a análise do comportamento? Ora descrita como parte da biologia, ora como parte da psicologia, ainda hoje permanece controversa sua posição no cenário científico. B. F. Skinner, talvez o principal epígono (se não prógono) dessa ciência no século XX sustentou diferentes posições sobre...   (continua)


  •    Três artigos recentes na seção Tendências/Debates da Folha de São Paulo tratam de abordagens para o tratamento de crianças autistas. Nilde Franch escreveu “Autismo e Psicanálise”, Del Rey, Vilas Boas e Ilo escreveram “Análise do Comportamento e Autismo” e...   (continua)


  •    Para muitos gerentes, colaboradores altamente motivados fazem o que são pagos para fazer, apenas o que está escrito em sua descrição de trabalho. Mas para mim, colaboradores altamente motivados fazem mais do que eles são pagos para fazer – eles fazem o que precisa ser feito para...   (continua)


  •    Nesse vídeo podemos observar como um paradigma é formado e como os seres seguem ele, seja animal ou seja o homem. Há aprendizagens que não entendemos de onde vem e replicamos comportamentos o resto da vida. A humanidade na sua maioria faz a mesma coisa, seguem...   (continua)


  •    Ser efetivo na vida representa a noção de fazer de forma a conseguir o que se deseja. Antes de tudo é preciso saber se você precisa realmente do que você imagina precisar, e se o resultado da conquista será gratificante. Neste vídeo o professor Gilberto Godoy fala sobre este tema e sobre a frase 'os cães ladram e a carruagem passa'. Confira:

    https://www.youtube.com/watch?v=fMfcnvoU8_g


  •    O professor e psicólogo Gilberto Godoy levanta reflexões sobre uma questão existencial de extrema importância: porque algumas pessoas desejam o seu próprio fim? O que leva uma pessoa a buscar a sua própria morte? São trazidos alguns dados epidemiológicos estratégicos para se compreender o fenômeno.   (continua...)


  •      O modelo do desamparo aprendido foi proposto por Seligman em 1975. Alunos do curso de psicologia devem dar atenção especial a este experimento pois sua relação com a vida cotidiana pode ser bem identificada. Uma coisa que às vezes poupa as pessoas de depressão ou impotência é um sentimento de controle sobre os seus imediatos ou a longo prazo circunstâncias.    (continua)


Copyright 2011-2024
Todos os direitos reservados

Até o momento,  1 visitas.
Desenvolvimento: Criação de Sites em Brasília