Pintura: 'No jardim de Giverny', Claude Monet
Oscar-Claude Monet (Paris, 14 de novembro de 1840 — Giverny, 5 de dezembro de 1926) foi um pintor francês e o mais célebre entre os pintores impressionistas.
O termo impressionismo surgiu devido a um dos primeiros quadros de Monet, "Impressão, nascer do sol", quando de uma crítica feita ao quadro pelo pintor e escritor Louis Leroy: "Impressão, nascer do Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha." . A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, sabendo da revolução que estavam iniciando na pintura.
Seu pai, Claude - Auguste, tinha uma mercearia modesta. Aos cinco anos, sua família mudou-se para Le Havre, na Normandia. Seu pai desejava que Claude continuasse no comércio da família, mas ele desejava pintar. Foi a sua tia Marie-Jeanne Lecadre que o apoiou a seguir a carreira artística, pois ela fora também pintora.
Em 1851, Monet entrou para a escola secundária de artes e acabou se tornando conhecido na cidade pelas caricaturas que fazia. Nas praias da Normandia, Monet conheceu, por volta de 1856, Eugène Boudin, um artista que trabalhava extensivamente com pintura ao ar livre nessas mesmas praias, e que lhe ensinou algumas técnicas ao ar livre.
Em 28 de janeiro de 1857, sua mãe morreu e, aos dezesseis anos, Monet abandonou a escola e foi morar com sua tia Marie-Jeanne Lecadre.
Em 1859, Monet foi para Paris estudar pintura, e foi aí que conheceu a sua primeira mulher, Camille. Monet retratou-a muitas vezes, em quadros onde ela aparecia mais do que uma vez na mesma pintura.
"Monet viveu 86 anos e pintou durante quase 71 anos... e pintou uma enorme quantidade de grandes quadros, tão lindos, de tanta beleza que talvez a luminosidade e a cor escondam toda sua arte, ou melhor, mostrem mais o belo do que o que ele inovou em matéria de Arte. Ele comprou um jardim encantado quando comprou sua casa em Giverny (1883). Vou deixar que ele mesmo nos conte sobre seu deslumbramento. Tendo um poeta para falar, e poeta que sabe usar a pena e o pincel, não tenho mais nada a fazer aqui. Passo a palavra a Claude Monet:
- Estou em estado de arrebatamento. Giverny é um lugar esplêndido para mim.
- Está tão lindo aqui no campo, escrevo para dizer a você que venha logo, o jardim está muito belo neste momento: vale a viagem e dentro de 15 dias, no máximo, tudo será passado.
- Montei meu cavalete diante dessa massa de água que torna meu jardim mais agradável no verão: não tem mais do que 200 metros de largura e, no entanto, sua imagem despertou em mim a idéia do infinito.
- Nem a luz e nem a sombra são o objeto de minha pintura, mas a pintura que existe na sombra e na luz.
- De repente percebi quão mágico é meu lago. Peguei minha paleta. Desse dia em diante, quase não tive outro modelo.
- Minha sensibilidade, longe de diminuir, foi acentuada pela idade, que não me mete medo enquanto houver plena comunicação com o mundo exterior para alimentar minha curiosidade, e enquanto minha mão permanecer ágil e fiel intérprete de minha percepção.
- Está tão claro, o rosa e o azul tão puros, que o menor toque no lugar errado suja a tela.
- Eu quero pintar o ar que envolve a ponte, a casa e o barco. A beleza do ar no qual eles estão, e isso é simplesmente impossível.
- Não, eu não sou um grande pintor, um grande poeta. Somente sei que faço o que posso para exprimir o que sinto diante da natureza.
- Meu coração está em Giverny, sempre e sempre."
Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa