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Quando as redes sociais ganharam ímpeto, os personagens, antes anônimos, passaram a ser identificados. Pensava-se, então, que a etiqueta na rede seguisse aquela vigente nas relações presenciais. Coisas simples, do tipo: não ofenda uma pessoa de cujas ideias discorde; não agrida verbalmente ninguém; comporte-se com educação. Mas não via em chats, IRC, fóruns ou mesmo nas antigas redes de mensagem das BBSs (onde era comum a identificação) essa virulência (ou falta de noção) que vemos hoje em certos espaços virtuais "modernos". Não dá para restringir a a análise do "mundo virtual" às salas de chat de cidades e paqueras do século passado. (continua)
A World Wide Web Foundation, dirigida por Tim Berners-Lee, um dos pais da Internet, publicou uma análise do impacto que a rede teve mundo, questionando se ela cumpriu com os ideais de universalidade e conectividade com que nasceu este projeto. Para saber, a instituição levou em conta critérios como a disponibilidade da Internet (a qualidade do serviço, as políticas que regulam seu acesso); seu uso (incluindo a proporção de pessoas que acessam a Rede), seu impacto nos planos social, econômico e político, o conteúdo disponível e outros, realizando a avaliação em 61 países diferentes. (continua)
Numa tarde em 2011, ao acessar seu perfil no Facebook, o americano Eli Pariser, de 31 anos, notou uma mudança repentina. Sem aviso, todos os posts de seus amigos republicanos tinham desaparecido. A fórmula usada pelo site para decidir que posts eram mais relevantes determinara que, como ele clicava mais em links enviados por democratas, as atualizações desses amigos eram mais importantes que as dos outros e deveriam receber mais destaque. A mudança não lhe agradou. Embora trabalhasse num site que arrecadava doações para as campanhas de candidatos democratas, Pariser não queria deixar de ter acesso às opiniões de colegas conservadores, que considerava igualmente importantes para seu trabalho. (continua)
Apesar de que seja um dos sites mais usados na atualidade, Facebook é também uma das companhias menos confiáveis para quem interage cotidianamente na Internet, sobretudo no relacionado ao manejo de notícias adversas que vão contra o interesse de seus patrocinados e na informação sensível pessoal de seus usuários. Em várias oportunidades já vimos o botão "Like" pipocando como forma de não viralizar algum tipo de informação que não seja do agrado de pessoas e corporações influentes. (continua)
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