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  • “Tempo voraz, corta as garras do leão,
    E faze a terra devorar sua doce prole;
    Arranca os dentes afiados da feroz mandíbula do tigre,
    E queima a eterna fênix em seu sangue;
    (continua)

  •    Por vezes posts antigos recebem comentários, que encontramos por mero acaso. Um dos primeiros "posts" deste "blog", justamente sobre "De Rerum Natura", o livro de Lucrécio que lhe dá o nome, originou uma questão de um leitor brasileiro sobre uma tradução do poema de Lucrécio para português. Mandou-nos um extracto, que julgamos apócrifo.   (continua)

  • "Ele esperou…
    Tanto, tanto, tanto…
    E esperou de tal modo,
    como se fora sua sina e o mais íntimo fado,
    que não mais lembrava quantas vezes virara a ampulheta...
    (continua)

  • "Não: devagar.
    Devagar, porque não sei
    Onde quero ir.
    Há entre mim e os meus passos
    Uma divergência instintiva.
    Há entre quem sou e estou
    (continua)

  • "Um anjo desejei ter a meu lado...E o anjo que sonhei achei-o em ti!...
    C. A. de Sá
     
    És um anjo d’amor — um livro d’ouro,
    Onde leio o meu fado
    És estrela brilhante do horizonte
    Do Bardo enamorado...   (continua)
  • "Saberás que não te amo e que te amo posto que de dois modos é a vida,
    A palavra é uma asa do silêncio, o fogo tem uma metade de frio.
    Eu te amo para começar a amar-te, para recomeçar o infinito
    E para não deixar de amar-te nunca: por isso não te amo ainda.
    (continua)

  •    O poema 'A Terra Desolada' de T. S. Eliot, compoe-se de 5 partes e nele encontramos um resumo da história do pensamento ocidental. Há referências à literatura europeia, à literatura indiana e à Antiguidade clássica. Símbolo da civilização sem rumo do pós-Primeira Guerra, o poema contribuiu, ao longo de seus mais de 400 versos, para... (continua)

  • "O que penso eu do mundo?
    Sei lá o que penso do mundo!
    Se eu adoecesse pensaria nisso.
    Que idéia tenho eu das cousas?
    Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
    ​(continua)

  • "Eu vou te contar que você não me conhece
    E eu tenho que gritar isso porque você está surdo e não
    Me ouve
    A sedução me escravisa a você
    Ao fim de tudo você permanece comigo mas prezo ao que
    Eu criei...
    (continua)

  •    “É preciso estar sempre embriagado. Eis aí tudo: é a única questão. Para não sentirdes o horrível fardo do tempo que rompe os vossos ombros e vos inclina para o chão, é preciso embriagar-vos sem trégua. Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa maneira. Mas embriagai-vos...  (continua)

  •      "Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
    Meus olhos andam cegos de te ver!
    Não és sequer razão de meu viver,
    Pois que tu és já toda a minha vida!
    Não vejo nada assim enlouquecida...
    (continua)

  • “Donde vem? onde vai?  Das naus errantes 
    Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço? 
    Neste saara os corcéis o pó levantam,  
    Galopam, voam, mas não deixam traço.
       Bem feliz quem ali pode nest'hora 
    Sentir deste painel a majestade!
    (continua)

  • “N’algum lugar em que eu nunca estive,
    Alegremente além de qualquer experiência, teus olhos têm o seu silêncio:
    No teu gesto mais frágil há coisas que me encerram
    Ou que eu não ouso tocar porque estão demasiado perto
    (continua)

  • Essa lembrança que nos vem às vezes...
    folha súbita que tomba
    abrindo na memória a flor silenciosa
    de mil e uma pétalas concêntricas...
    Essa lembrança...mas de onde? de quem?
     (continua)

  • “Deu-me Deus o Seu Gládio, porque eu faça
            A Sua santa guerra.
    Sagrou-me Seu em génio e em desgraça
    As horas em que um frio vento passa...
    (continua)

  • “Se te comparo a um dia de verão
    És por certo mais belo e mais ameno
    O vento espalha as folhas pelo chão
    E o tempo do verão é bem pequeno.
    (continua)

  • “Do fundo desta noite que me envolve,
    negra como um poço fundo e escuro,
    Agradeço aos deuses
    pela minha alma indomável....
    ​(continua)

  • "Um homem demora muito tempo a fazer-se.
    Não somos como aqueles passaritos que se soltam na imensidão dos céus
    Pouco tempo depois de terem visto a luz.
    Trazemos em nós uma semente que demora a germinar,
    Que gasta nessa tarefa muitos anos de agitação e silêncio.
    (continua)

  • "Nem mesmo a assustadora simetria
    De quando caem os sonhos,
    Um a um assim cadenciados.
    Nem mesmo a metafísica
    Incompreensível e inaceitável
    (continua)

  • "Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
    Estendendo-me os braços, e seguros
    De que seria bom que eu os ouvisse
    Quando me dizem: "vem por aqui!"
    (continua)

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