A reinvenção do Machado - Wagner Brenner
Não que cortar lenha com um machado faça parte da sua rotina.
Mas vale como exemplo de inovação e prova de que até a coisa mais básica, imutável por milhares de anos, pode um dia ser questionada e reinventada.
A “lâmina-de-cortar” foi inventada pelos homens das cavernas, que a usaram em uma versão sem o cabo por… pausa dramática… UM MILHÃO E MEIO DE ANOS!!!! (WP)
Na verdade deve estar entre as primeiríssimas coisas que inventamos. Quiça, A primeira. E por um milhão e meio de anos a gente cutucou coisas com pedras afiadas nas mãos (tô inconformado).
Depois deste tempo todo, alguém teve a ideia de colocar um cabo (aê!) e reinventou o machado pela primeira vez. Além de mais confortável, o machado se beneficiava agora das leis da física para se tornar mais rápido, forte e eficiente. Mas isso foi lá na antiguidade.
E, de lá para cá, um machado foi…um machado.
O Novo Machado
Em, 2014, o machado foi reinventado pela segunda vez. O que poderia ser reinventado em uma coisa tão básica?
Tão simples que dói: a lâmina não é mais simétrica.
O novo machado tem mais massa em um dos lados.
Assim, quando ele vem no embalo em direção ao toco de madeira, além de funcionar como uma cunha que penetra no tronco, simultâneamente a lâmina também aplica uma força lateral, que “abre” e rasga o corte para os lados.
O machado penetrava. Agora penetra e abre.
O machado era cunha. Agora é cunha e alavanca.
Virou um 2 em 1.
É, literalmente, um machado excêntrico (“aquele que desvia ou se afasta do centro”).
A invenção do “VIPUKIRVES™” é do finlandês Heikki Kärnä, que é bom PACAS de design mas ruim de nome.
Mas tudo bem, depois alguém ajuda ele a dar outro nome mais varejão tipo “Cut n’ Rip” (domínio disponível, já chequei. Acho que vou comprar).
Fonte: Updataordie.com