Sobre a morte e o morrer - Elisabeth Kubler-Ross
Elisabeth Kübler-Ross, médica, é a mulher que mudou a maneira como o mundo pensava sobre a morte e o morrer. Através de seus vários livros e muitos anos de trabalho com crianças, pacientes de AIDS e idosos portadores de doenças fatais, Kübler-Ross trouxe consolo e compreensão para milhões de pessoas que tentavam lidar com a própria morte ou com a de entes queridos. Hoje, enfrentando a perspectiva da morte aos setenta e um anos, essa médica internacionalmente famosa conta a história de sua vida e aprofunda sua verdade final: a morte não existe.
Escrita com franqueza e entusiasmo, a autobiografia de Kübler-Ross reconstitui o desenvolvimento intelectual e espiritual de um destino. As convicções que enfrentaram dogmas, preconceitos e críticas, já estavam presentes na menina suíça, quando a jovem Elisabeth se viu pela primeira vez diante das injustiças do mundo e jurou acabar com elas.
Do seu trabalho na Polônia devastada pela guerra à sua forma pioneira de aconselhamento terapêutico aos doentes terminais, a seus já lendários seminários sobre a morte e o processo de morrer na Universidade de Chicago, às suas surpreendentes conversas com os que reviveram depois da morte, cada experiência proporcionou a Kübler-Ross uma peça do quebra-cabeça. Em uma cultura determinada a varrer a morte para debaixo do tapete e escondê-la ali, Kübler-Ross desafiou o senso comum ao trazer e expor essa etapa final da existência para que não tivéssemos mais medo dela.
Sua história é uma aventura do coração, vigorosa, controvertida, inspiradora, um legado à altura de uma vida extraordinária.
“As pessoas sempre me perguntam como é a morte. Digo-lhes que é sublime. É a coisa mais fácil que terão que fazer. A vida é dura. A vida é luta. Viver é como ir à escola. Dão a você muitas lições a estudar. Quanto mais você aprende, mais difíceis ficam as lições. Quando aprendemos as lições, a dor se vai.”
“Sei muito pouco sobre a filosofia da reencarnação. Não foi o tipo de educação que recebi. Mas sei agora que existem mistérios da mente, da psiquê, do espírito, que não podem ser examinados em microscópios ou testados com reações químicas. Com o tempo, saberei mais. Com o tempo, vou compreender.”
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INTRODUÇÃO
Antigamente, a morte de crianças era freqüente e poucas eram as famílias que não tinham perdido um parente. A medicina progrediu nas últimas décadas. A vacinação erradicou muitas doenças, a quimioterapia e o uso de antibióticos, contribuiu para que diminuísse o número de casos de doenças infecciosas. Uma educação melhor ocasionou um baixo índice da mortalidade infantil. As várias doenças que disseminaram a população de jovens e adultos foram dominadas. Cresce o número de idosos, e com isto aumenta o número de vítimas de tumores e doenças crônicas. Aumentou o número de pacientes com distúrbios psicossomáticos e problemas de comportamento.
Os médicos cuidam de pacientes mais velhos que procuram não viver somente com suas limitações e habilidades físicas diminuídas, mas, também aprender a enfrentar a solidão e o isolamento em que vivem. O livro “Sobre a morte e o morrer” tenta demonstrar na prática através de relatos de experiências reais às pessoas diversas situações em que indivíduos por algum motivo deparam com a morte, seja ele um moribundo ou um ente que acompanha o estágio final de alguém querido. Além destes relatos o livro faz comentários interessantes aos profissionais de saúde á equipe multiprofissional mais precisamente de como lidar com as diversas situações da morte em si.
Capítulo I
Sobre o temor da morte As mudanças ocorridas nas últimas décadas são responsáveis pelo crescente medo de morrer, pelo aumento dos problemas emocionais e pela grande necessidade de compreender e lidar com os problemas da morte e do morrer. Em nosso inconsciente, a morte nunca é possível quando se trata de nós mesmos. É inconcebível morrer de causa natural ou idade avançada. A morte está ligada a uma ação má, a um acontecimento medonho.
A criança vê a morte como algo não permanente, quase não diferenciando de um divórcio entre seus pais. Quando crescemos e percebemos que nossos desejos mais fortes, não tem força suficiente para tornar possível o impossível, desaparece o medo de ter contribuído para a morte de um ente querido e, conseqüentemente some a culpa, mas, o medo de morrer permanece “escondido”, só enquanto não for fortemente despertado. Uma criança de cinco anos que perde a mãe tanto se culpa pelo desaparecimento dela, como se zanga porque ela a abandonou.
A morte constitui ainda um acontecimento medonho, pavoroso, um medo universal, mesmo sabendo que podemos dominá-lo algumas vezes. Quando permitimos que um paciente, termine seus dias no querido ambiente familiar, isto requer dele, uma melhor adaptação da morte. O fato de permitirem que as crianças continuem em casa, onde ocorreu uma desgraça, e participem da conversa, das discussões e dos temores, faz com que não se sintam sozinhas na dor.
Morrer é triste demais sob vários aspectos, sobretudo é muito solitário e desumano. Morrer se torna um ato solitário e impessoal, porque o paciente é removido de seu ambiente familiar e levado ás pressas para uma sala de emergência. O caminho para o hospital é o primeiro capítulo da morte.
Quando um paciente está gravemente enfermo, é tratado como alguém sem direito a opinar. Quase sempre é outra pessoa quem decide sobre si, quando e onde um paciente deverá ser hospitalizado. Devemos lembrar que o doente também tem sentimentos, desejos, opiniões e acima de tudo, o direito de ser ouvido. Pouco a pouco, começa a ser tratado como um objeto. Decisões são tomadas sem o seu parecer.
O paciente está sofrendo bem mais, talvez não fisicamente, mas emocionalmente. Suas necessidades não mudaram através dos anos, mudou apenas nossa aptidão em satisfazê-las.
Capitulo II
Atitudes diante da morte e do morrer O relacionamento humano e interpessoal vem perdendo cada vez mais espaço na nossa sociedade, sendo substituído pelo contato cada vez menor, concentrando seu valor nos números e nas massas do que no próprio indivíduo. Podemos observar essa tendência como o exemplo da substituição do contato entre o professor e o aluno, pelo ensino a distância, que atinge um número cada vez maior de pessoas de uma forma despersonalizada. O aluno é incentivado a desenvolver técnicas, e novas pesquisas, o relacionamento interpessoal muitas vezes não é enfatizado... (veja texto completo no link abaixo)
http://pt.scribd.com/doc/16523193/Resumo-Sobre-a-Morte-e-Morrer