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  •      Estou indo embora. Não há mais lugar para mim. Eu sou o trema. Você pode nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na Anhangüera, nos aqüíferos, nas lingüiças e seus trocadilhos por mais de quatrocentos e cinqüentas anos. Mas os tempos mudaram. Inventaram uma tal de reforma ortográfica e eu simplesmente tô fora.   (continua)

  •    Segundo Elias Canetti: ”Para dizer algo sobre este mundo que tenha algum valor, o escritor não pode afastá-lo de si ou evitá-lo. Tem de carregá-lo enquanto caos”. Pois o escritor tem “A vontade de responsabilizar-se por tudo aquilo que é apreensível em palavras”. Ele acha que “Num mundo onde importam a especialização e a produtividade o múltiplo e o autêntico estão embaciados”. Quanta verdade há nessas palavras! Porque o caos é injustiça, e é contra ela que lutamos.   (continua)

  •    Me perguntei algumas vezes se deveria escrever este texto. Porque o principal que tenho a dizer sobre Ariano Suassuna é que ele era um velho burro e chato. E o homem, como se sabe, acabou de morrer – o que o eleva automaticamente aos píncaros da genialidade e da infalibilidade nos textos que se espalham pela imprensa. Mau momento para lembrar o seu principal defeito: a profunda e total incompreensão da natureza da cultura pop. Eu tinha desistido de escrever. Mas eis que a televisão de domingo o mostra numa entrevista, atacando, com volúpia e deboche, Michael Jackson e Madonna, além da réplica da estátua da Liberdade na Barra da Tijuca.   (continua)

  •       Em 2012 fui apresentado a um Projeto muito interessante. Trata-se do "Livros Abertos", da minha amiga e Professora Eileen Flores, coordenadora. O Projeto compartilha livros, histórias e encantamento com crianças e jovens de Brasília, DF. Eles trabalham com a leitura dialógica, forma diferenciada de leitura compartilhada em que os participantes são constantemente encorajados a ter voz ativa: lá todos contam! Vale a pena conferir.   (continua)
         http://livrosabertosaquitodoscontam.blogspot.com/

     
  •    O que vimos hoje no Mineirão tem explicação. Aliás, nada acontece mesmo por acaso. Foi uma vitória da competência sobre a malandragem. O que vimos hoje foi uma lição, uma aula de futebol que deve servir pra vida, para a sociedade, para o povo. Serve de exemplo para gerações de crianças que saberão que para vencer na vida tem que estudar, treinar, repetir e evoluir. Temos que acabar com a noção de que brasileiro é sempre melhor, especial, esperto, tem gingado como ninguém. A Pátria tem que ensinar aos seus filhos que futebol não é tudo, futebol é um jogo, um esporte que merece respeito mas que a sociedade é muito maior que isto.

  •    Quando, em artigo anterior, chamei a Copa do Mundo de futebol de guerra moderna, alguém me disse que exagerei, que “futebol não tem nada a ver com guerra”. Tem.  Quem conhece história sabe o que estou falando. Em cinco mil anos de civilização, o mundo não viveu mais do que duzentos anos sem que uma guerra estivesse acontecendo em algum lugar do planeta. Basta ver os últimos cem anos, da Primeira Guerra Mundial aos dias de hoje, quando foi que vimos o mundo sem uma guerra?   (continua)

  •    No século XXI, onde impera a robótica e a informática, o mundo entra em nossas casas, através da telinha da televisão e da internet. O planeta torna-se uma aldeia global. Desaparecem as cartas. Em seu lugar ficaram os telefones celulares, que se multiplicam aos milhões. Hoje, através da internet: dos e-mails, dos sites, dos orkuts, dos  twitter podemos inteirar-nos de todas as notícias e por meio das redes sociais: facebook e outras conquistamos quantos amigos virtuais quisermos.   (continua)

  •     Título original: Vamos ganhar sem trapaça, de Carlos Maranhão via revista Veja

       Torça sem culpa? O importante é ganhar, não importa como? A malandragem faz parte do jogo? A “mão de Deus” pode ser uma forma de fazer justiça por linhas tortas? Mais vale vencer com um gol de impedimento, depois dos 45 minutos do segundo tempo, do que perder jogando limpo? Se não foi pênalti, azar deles? Morreu, morreu – antes ele do que eu?...   (continua)

  •      As mais antigas celebrações do Dia da Mãe remontam às comemorações primaveris da Grécia Antiga, em honra de Rhea, mulher de Cronos e Mãe dos Deuses. Em Roma, as festas comemorativas do Dia da Mãe eram dedicadas a Cybele, a Mãe dos Deuses romanos, e as cerimônias em sua homenagem começaram por volta de 250 anos antes do nascimento de Cristo.   (continua)

  •    “Shakespeare é o mestre de cerimônias da humanidade”. Esse é mais um entre os milhares de elogios dirigidos ao dramaturgo inglês William Shakespeare, nascido em 23 de abril de 1564, em Stratford-Upon-Avon, uma pequena cidade a cento e sessenta quilômetros  de Londres. Escolhi essa sentença por achar que ele condensa muito bem uma das capacidades do bardo de Straford: a de apresentar a todos nós, com riqueza incomparável,  o papel que representamos nesse imenso palco que é o mundo.   (continua)

  •      As páginas da história de nosso país são manchadas por longos perídos de ditaduras civis e militares. O Brasil como os demais países da América Latina passou a maioria dos anos governados por ditadores. Apenas em alguns curtos espaços de tempo vivemos uma débil democracia. A sociedade brasileira traz nas entranhas de seu ventre uma cultura de autoritarismo, machismo, opressão e pendores ditatoriais. Após cinquenta anos de uma cruel ditadura vivemos uma jovem democracia ainda marcada por resquícios de uma estrutura vinda da ditadura anterior. Quem tem medo da democracia?   (continua)

  •      Uma sentença não poderia demonstrar melhor o que estou sentindo ultimamente do que essa fala de Hamlet: “Sinto-me com uma disposição de espírito tão sombria que este glorioso recinto, a terra, até está me parecendo um promontório estéril; esse magnífico dossel, o ar, esse esplêndido firmamento que estamos vendo suspenso, essa majestosa abóbada salpicada de pontos dourados, tudo isso nada mais me parece do que uma pestilenta aglomeração de vapores”    (continua)

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