Às vésperas do dia do refugiado, celebrado nesta quarta-feira (20/06), o ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) divulgou relatório sobre a situação dos refugiados em 2011. O documento revelou que no ano passado o mundo atingiu o maior índice de deslocamentos forçados entre fronteiras internacionais já registrado. Cerca de 800 mil pessoas saíram de seus países em decorrência de conflitos bélicos e crises humanitárias.
Os fluxos migratórios mais intensos ocorrem na região dos países de origem dos refugiados. Os maiores receptores da população deslocada em 2011 foram países em desenvolvimento vizinhos de nações tomadas por conflitos, como Paquistão (1,7 milhões de pessoas), Irã (886,5 mil), Quênia (566,5 mil) e Chade (366,5 mil).
Mais de 4,7 milhões de deslocados residem em países onde o PIB per capta não chega a 3 mil dólares, como, por exemplo, o Sudão e a Nigéria. Os países menos desenvolvidos receberam 2,3 milhões de refugiados.
Migração interna
No entanto, a grande maioria (81%) dos deslocamentos ocorreu dentro das fronteiras nacionais: dos 4,3 milhões de pessoas que se tornaram refugiadas no ano de 2011, 3,5 milhões permaneceram em seu próprio país.
O relatório Tendências Globais 2011 estima que 42,5 milhões de pessoas terminaram o ano de 2011 em situação de refúgio, seja em fronteiras internacionais (15,4 milhões), deslocados internos (26,4 milhões) ou solicitantes de refúgio (895 mil).
Fonte: Opera Mundi / Uol